Passáros

ARAPONGA

Seu canto imita o trabalho do ferreiro. São poucos os exemplares de Araponga em cativeiro.
Mas vale a pena criar esta ave, pois ela tem uma plumagem bonita e fica muito mansa.
A Araponga é conhecida em todo o Brasil pelo seu grito alto e estridente. Fora de São Paulo, em outras regiões do país, ela é conhecida por Guiraponga, Ferreiro ou Ferrador, sendo que esses dois últimos nomes vêm do seu grito, que imita com perfeição o trabalho de um ferreiro, primeiramente com uma lima e a seguir com a batida estridente de um martelo sobre a bigorna. O nome Araponga é indígena e vem de ara (ave) e ponga (soar).
Três espécies de Arapongas são encontradas no Brasil: a procnias nudicollis, que é a mais comum, habitando desde matas litorâneas da Bahia até o Rio Grande do Sul. O macho é todo branco, com a garganta e os lados da cabeça esverdeados, e a fêmea é totalmente esverdeada. Temos também a procnias averano que vive em Roraima e no Nordeste, onde se torna cada vez mais rara por causa da derrubada das matas, seu habitat natural. Alguns ecologistas estão tentando a preservação desta espécie, que é muito bonita: tem as asas pretas, peito branco, cabeça marrom e vários apêndices carnudos que "nascem" do seu pescoço como se fossem barba, de onde vem seu nome popular de "Araponga de Barbela". A terceira espécie é a procnias alba, que habita o Amazonas na região do Rio Negro, mas pouco se sabe sobre ela.
Cada macho adulto - eles ficam adultos entre dois anos e dois anos e meio - tem seu território, uma árvore que ele defende e onde não permite a intrusão de machos da sua idade nos seus dois galhos favoritos: um mais alto, onde ele canta, outro mais baixo onde se acasala.
Pousado no galho mais alto, o macho canta o dia inteiro para atrair a fêmea; e este é um dos casos em que a fêmea escolhe o macho. Os dois se encontram no "galho do acasalamento", e o macho dá um grito bem forte em frente à fêmea; se ela aceitar este macho, dá-se o acasalamento. Posteriormente o macho volta para o seu "galho de canto" e continua a cantar; se aparecer outra fêmea ele repete a manobra.
Somente agora a criação de casais em cativeiro está sendo incentivada. Antes, mantinha-se o macho, que tem uma bela plumagem, e não se dava atenção à fêmea, menos atraente. Isto advém do fato de que, no Brasil, o interesse pela reprodução das aves não tem mais de 15 anos - mantinha-se pela beleza do canto, da plumagem ou pela raridade, sem maiores preocupações com a procriação das espécies. Ainda hoje, quase não se vêem fêmeas de Araponga em cativeiro. Mas vale a pena criar este pássaro que, além de plumagem bonita, logo fica manso.

CUIDADOS

Porte: de 27 a 28 cm.
Alimentação: na vida selvagem, as Arapongas, cuja abertura de bico é enorme, comem pequenos frutos silvestres e bagas inteiras. Em cativeiro devemos dar-lhes banana, mamão, tomate etc, tudo cortado em pequenos cubos. Pode-se misturar estes frutos com ração para Sábia ou com uma mistura de Neston com Meritene. A alimentação deve ser colocada no alto: a Araponga não gosta muito de descer ao chão.
Instalações: Ideal para se criar um casal é um viveiro de 4 x 4 m; no mínimo 2 x 3 m. Construir um ninho de xaxim com folhas de palmeira secas enfeitando, ou uma cestinha aberta e colocar no fundo do viveiro, que deve ser fechado, pois se a fêmea não encontrar condições de aconchego não vai reproduzir. O ninho pode ser pendurado na parede por suporte de samambaia.
Reprodução: Fora da época de reprodução, dividir o viveiro no meio com tela de arame, pois as Arapongas são muito assustadiças e é preciso que uma se acostume com a outra. A partir da primavera tira-se a divisão ficando os dois juntos; só a fêmea trabalha na construção do ninho e no cuidado da prole. A postura e de cerca de 2 ovos, o período de incubação de 23 dias e os filhotes saem do ninho com 27 dias de idade. Devem ser alimentados com frutos e larvas de Tenébrio




Arara-Azul-Grande



Ave pertencente à família dos psitacídeos.

Tamanho: 1m

Peso: 1,2 – 1,3 kg

Expectativa de vida: 70 anos

Características: É o maior representante da família em todo o mundo. A plumagem é predominantemente azul cobalto, mais escura nas asas, o bico é cinza escuro, muito grande, aparentando ser maior que o próprio crânio, com pronunciado entalhe na mandíbula, e a pele do contorno dos olhos é amarela. A língua é negra com uma tarja amarela longitudinal. Não existem características físicas que diferenciem machos e fêmeas (dimorfismo sexual).

Distribuição geográfica: Antigamente comum em grande parte do Brasil, hoje é encontrada no Pantanal, abrangendo pantanal Boliviano, Paraguaio e Brasileiro, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, bem como no norte do Brasil, nos estados do Amazonas e Pará e na região de “Gerais” que incluem territórios do Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins e Goiás.

Habitat: Na região do Pantanal, são encontradas em áreas abertas, nas matas que possuem palmeiras, enquanto seus ninhos estão localizados na borda ou interior de cordilheiras e capões, bem como em áreas abertas para o pasto. Na região do Pará, utiliza as florestas úmidas, preferindo locais de várzeas ricas em palmeiras. Nas regiões mais secas (TO, PI, MA e BA), é comum encontrá-las em áreas sazonalmente secas, preferindo os platôs e vales dos paredões rochosos, nesta região faz ninhos em ocos de palmeiras (TO), árvores emergentes (PA) ou em falhas de paredões rochosos (PI).

Alimentação: Sua alimentação é à base de palmeira acuri, (aproveitando os frutos caídos, ruminados pelo gado ou por outros animais) e o coco bocaiúva (diretamente no cacho).

Reprodução: Atinge a maturidade aos sete anos, sendo que a fêmea põe 2 ovos, do tamanho de um ovo de galinha incubados principalmente pelas fêmeas que é alimentada pelo macho, durante aproximadamente 28 dias de incubação. Os filhotes nascem frágeis e são alimentados pelos pais até seis meses de vida sendo totalmente dependentes dos pais (altriciais), Na maioria dos casos, apenas um filhote sobrevive, devido à competição por alimento entre os filhotes. 

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